Ronaldinho
Ronaldinho poderia voltar para a prisão, mas o motivo é inacreditável

O cenário do futebol mundial está em crise e desta vez não se trata de um polêmico pênalti ou do drama habitual em campo. Outrora a jóia da coroa de equipas como Paris Saint-Germain, FC Barcelona e AC Milan, Ronaldinho encontra-se no centro de uma tempestade cheia de acusações, jogos perdidos e conspirações relacionadas com criptomoedas.
As audiências fantasmas do Congresso
Parece que nem o pé de ouro do Brasil está imune a polêmicas. No banco dos réus por um suposto esquema de pirâmide ligado a uma de suas empresas, Ronaldinho vem jogando um perigoso jogo de queimada com o Congresso brasileiro.
Após recusar duas intimações para depor, o maestro do futebol citou um motivo duvidoso: condições climáticas adversas. No entanto, surgiram dúvidas em todas as câmaras legislativas.
Quantas chances mais ele terá? O deputado Aureo Ribeiro sugere que poderá haver apenas mais uma chance para Ronaldinho no dia 31 de agosto. Mas, se você optar por não aparecer novamente, pode ser que a polícia chegue na sua porta em seguida, garantindo que você enfrente a comissão do Congresso.
A legislação brasileira não mede palavras quando se trata daquelas citadas pelo Congresso. É simples: eles devem comparecer. E para quem pensa em driblar isso, há um pacote de ingressos e uma escolta policial esperando para orientá-lo direto até a audiência que você tentou evitar.
O mundo nublado de '18k Ronaldinho'
Agora você deve estar se perguntando: por que tanto alarido? O que poderia arrastar uma lenda do futebol para tal lamaçal? A raiz do problema remonta a uma empresa chamada ‘18kRonaldinho’. Supostamente, esta empresa descartou o objetivo de obter retornos diários de mais de 2% através de investimentos em criptomoedas.

Mas o sonho azedou quando a empresa aparentemente renegou a sua promessa. As ramificações foram sérias: um enorme processo judicial pedindo indenização superior a US$ 61 milhões.
Como se isso não fosse suficientemente incriminador, este processo cresceu rapidamente, tornando-se o eixo central de uma investigação mais ampla sobre as profundezas obscuras da fraude criptográfica no Brasil.
Os defensores de Ronaldinho são rápidos em distanciar o astro das principais operações da empresa. Pintam-no simplesmente como a “cara” da marca, um peão involuntário, cujo nome e imagem foram manipulados sem o devido consentimento.
Curiosamente, esta não é a única dança de Ronaldinho com as criptomoedas. No ano passado, em uma joint venture com a INFLUXO, ele mergulhou no campo de rápido crescimento dos tokens não fungíveis (NFTs) e lançou sua própria coleção.
Mas à medida que esta tempestade criptográfica ganha velocidade, um velho fantasma do passado também surge. Se você pensar em 2020, talvez se lembre de outra polêmica que envolveu Ronaldinho e seu irmão Roberto de Assis.
Seu crime? Posse de passaportes falsos, erro que lhes custou 170 extenuantes dias numa prisão paraguaia. Para complicar ainda mais, o nome de Assis também aparece em pesquisas atuais sobre criptomoedas.
Os próximos dias prometem mais revelações, mais drama e, esperançosamente, clareza sobre a extensão do envolvimento de Ronaldinho. Para os fãs de todo o mundo, a questão permanece: o seu herói do futebol é realmente uma vítima ou existe um lado mais sombrio deste ícone outrora amado? Só o tempo, e talvez o tão esperado testemunho no Congresso, dirão.